quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Happy BDay Eric (:


Caramba! Essas coisas de escrever pra alguém, de vez em quando podem ser bastante complicadas. Eu me perco de verdade quando tento falar sobre a pessoa linda que você é. Hoje fazem vinte e um anos que você nasceu e eu quase que me sinto na obrigação de vir aqui te desejar muita felicidade. É amor, em quase um ano de convivência, de cumplicidade, de carinho, ciúmes, brigas e todas outras coisas de que o nosso namoro está cheio, eu tive a oportunidade de descobrir cada vez mais você. Esse seu jeitinho de querer parecer sempre forte e malvado, mas que não resiste quando eu me faço de vítima da situação. Sua péssima mania de fingir que não liga quando eu reclamo, mas sempre fazer de tudo pra nosso namoro ficar cada vez melhor. Sua capacidade de ser ótimo em tudo que você faz. Porque eu não tenho elogios a te fazer só por você ser o melhor namorado do mundo. Eu tenho que admitir que também sinto muito orgulho do grande homem que eu tenho do meu lado. Do cara que me mata de vergonha com suas piadinhas, mas que é o mais inteligente, determinado, responsável, sincero e protetor que eu conheço. Você me surpreende com seu jeito maduro em certas situações. Às vezes sua idade é pouco perto do que você tem e do que você é hoje. E isso me deixa com uma profunda admiração. Uma sensação de paz e segurança que eu só sinto quando estou com você e que não acaba nunca. E é só por isso que às vezes eu te comparo com meu pai. Você é uma pessoa muito importante pra mim. Meu companheiro, meu cúmplice. Eu te amo muito e eu fico muito feliz por poder te ver crescer, por poder comemorar essa data com você. Acho que mais do que só desejar a sua felicidade eu faço e farei de tudo que tiver ao meu alcance pra que ela seja uma realidade na sua vida sempre. Também não irei somente desejar que você realize todos os seus desejos porque eu pretendo estar junto de você quando tudo acontecer, sempre te dando força. E eu sei que vai acontecer porque você merece. Eu só queria que você soubesse que eu ganhei um presente danado quando Deus e Ibsen colocaram você no meu caminho e que eu vou estar sempre aqui, ano após anos, comemorando essa data e todas as outras que eu puder. Toda sorte do mundo na sua vida, porque o resto você já tem.

Beijo na boca.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

o amor maduro.


Sou dos escritores que não sabem dizer coisas inteligentes sobre seus personagens, suas técnicas ou seus recursos. Naturalmente, tudo que faço hoje é fruto de minha experiência de ontem: na vida, na maneira de me vestir e me portar, no meu trabalho e na minha arte. Não escrevo muito sobre a morte: na verdade ela é que escreve sobre nós - desde que nascemos vai elaborando o roteiro de nossa vida. O medo de perder o que se ama faz com que avaliemos melhor muitas coisas. Assim como a doença nos leva a apreciar o que antes achávamos banal e desimportante, diante de uma dor pessoal compreendemos o valor de afetos e interesses que até então pareciam apenas naturais: nós os merecíamos, só isso. Eram parte de nós. O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância. Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes. A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura. Às vezes é preciso recolher-se.

Lya Luft.

Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. Claro, "o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato". Mas e o dia de hoje? Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto.
Caio Fernando Abreu.

Não me amole, deixe de chororo!



Uma animaçãozinha fruto da criatividade de Eric. Foi feita a muito tempo atrás. As vezes eu abro pra olhar e voltar um pouquinho no tempo. Essa música de Branco Araujo me faz lembrar o Surf Eco Festival. Nós ainda não eramos namorados oficialmente, mas eu já comandava tudo. E foi exatamente nesse dia que nós conhecemos essa música. hahahaha... Enfim, tá ae. ;*

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Algo sempre nos falta

Nossa eterna insatisfação nos leva aonde exatamente?
Casados reclamam porque a aliança pesa; namorados, porque não vêem mais os amigos; solteiros, porque não têm de quem receber o último telefonema do dia. Jovens são revoltados por não poderem fazer nada do que querem; velhos, por não conseguirem. Chefes se estressam porque vivem sob pressão e subordinados vivem estressados por causa dos chefes. Nunca estamos satisfeitos. Por mais azul que o céu esteja, sempre achamos - lááá longe - uma nuvem que virá, sabemos que virá, e cobrirá o nosso sol. E, mesmo sob 40 graus, passamos a sentir frio. "Nada mais insuportável do que muitos dias de felicidade contínua" (Oscar Wilde). É bizarro mas real. Não suportamos a felicidade por muito tempo; tudo fica fácil demais, tranqüilo, calmo e desde crianças aprendemos que, se algo vale a pena, precisa ser árduo, trabalhoso, hercúleo (e quanta deprê nos rende essa teoria patética). A ridícula verdade é que não sabemos lidar com a alegria - a praia eternamente ensolarada vira um tédio. E então avistamos (ou criamos, não importa) a nuvem.
Li, não lembro onde, que "a vida nos pareceria subitamente maravilhosa se estivéssemos ameaçados de morrer - então declararíamos nosso amor, viajaríamos à Índia, realizaríamos nossos sonhos. E caso o cataclismo não acontecesse, voltaríamos ao cotidiano, no qual a negligência supera o desejo". (A negligência supera o desejo - preste atenção nisso, sempre). Nossa eterna insatisfação, em vez de servir de impulso para nos levar a algum lugar melhor, vira uma âncora, agravando a sensação de impotência, nos entregando à inércia. Então sucumbimos à preguiça. Passamos a achar que o normal é estarmos "meia-boca" (não estamos felizes, é certo, mas por que razão haveríamos de ficar mais tristes?). E daí, quando alguém aparece sorrindo além do previsto por lei, surtamos. Por que ele ri e nós não? Por que tantos dentes? Cadê a graça? Viu passarinho verde?
É divertido observar a irritação de alguns perante a alegria alheia. Olham para aquilo como se estivessem presenciando a metamorfose do lobisomem de Joanópolis. Quando alguém parece estar contente (e está), nossa primeira reação é nos compadecermos pela ingenuidade da criatura sorridente, como se estupidez fosse premissa pra felicidade, e gentileza, atributo de lobotomizados ou doentes mentais. Nos é tão incutido o conceito de que os deprimidos, românticos incompreendidos, é que são geniais (toda aquela profundidade de sentimentos, cenho franzido, etc. e tal) que tendemos a encarar pessoas alegres como serezinhos sem sal, agüinha morna que nem chá dá pra fazer... Sai de mim! Se for assim, o Prozac será o responsável pela não-existência de grandes artistas pelo resto das eras. E eu me alegrarei de ser absolutamente medíocre e saltitante.
Não vejo nada errado em nunca estarmos satisfeitos, em desejarmos (há muitos anos alguém me disse que desejos são como cavalos: não são eles que decidem para onde vamos, mas com eles vamos mais rápido). O problema reside em ficarmos nos culpando por nunca estarmos completamente felizes ou acharmos poético arrastar as meias pela casa. O fato é que "algo sempre nos falta - o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Para seu próprio bem, guarde esse recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo" (Caio Fernando Abreu). Daí, sim, poderemos ser felizes. No início, quando der. E um dia, quem sabe, a maior parte do tempo.

Ailin Aleixo

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cazuza

O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.

Uma linda e magnifica bobeira.


É isso. Viver é só esse mistério mesmo. Não tente respirar mais rápido que o mistério pra tentar chegar antes dele. Respire passos pra trás da vida e isso é só o que dá pra fazer. Ela ganha e ponto final. Ela ganha, mas a gente se diverte pacas com isso. É tipo estar numa festa linda, você conhece alguém pra amar, você pula meio de pileque na piscina, você nunca se esquece. Mas a festa era de outra pessoa que, gentilmente, te convidou. Não tente roubar sua casa, sua comemoração grandiosa. Apenas bata palmas na hora do parabéns e aceite o convite da vida. Não dá pra entender nada. Mas é isso. Com calma, você repara. E não é ruim. Com calma, não se vê lá fora o assustador borrado da velocidade. Se vê como é. E não é tão feio. E até o feio, tem seu valor. É só isso. A vida. Com calma. Só a vida. Uma linda e magnífica bobeira.
Tati Bernardi.

Meu horóscopo bagunça a minha vida.

Desconfio que hoje eu sou uma pessoa muito melhor e por incrível que pareça eu devo isso a pessoas que nem de mim gostam. Essa é a maior prova de que tudo na vida tem um propósito. Acho que eu exercitei a minha paciência e o meu perdão. Mas tanta mudança de uma vez só me deixou um pouco confusa a respeito da minha vida. Tem coisas que a gente aprende desde pequenininho que é o certo a se fazer e faz por achar que vai se tornar uma pessoa melhor , mas e daí? Tem alguém nesse mundo se importando em ser melhor além de você? Porque nessa brincadeira de fazer a coisa certa você acaba tomando na cara muitas vezes. Não pense que neguinho tem pena ou não seria capaz não porque o que tem de filho da puta no mundo não é brincadeira não. É SEMPRE ASSIM. O fiel é traido. O carinhoso é tratado com frieza. O honesto é roubado. Eu não sei se as pessoas são injustas ou eu que exijo demais. Tem gente que te odeia sem você mexer um dedo e faz o inferno só pra te derrubar. E ainda pior. Tem gente que te ama e dá o troco por uma merda que você nem fez por querer. Agora me diz de que vale todo o esforço que você faz se no fim nada parece adiantar muita coisa? Algumas vezes você se importa tanto em ser ou pelo menos parecer a pessoa certa e fazer tudo pra ser melhor pra alguém. Se isso estiver funcionando, maravilha! Mas se não, você acaba se tornando uma pessoa frustrada e não sente vontade de fazer mais nada pra ninguém. Eu gostaria de entender porque as pessoas tem muito mais disposição pra dar troco, se vingar do que pra agradar alguém, se declarar. E essa é uma das coisas que eu já me acostumei com a idéia de nunca entender. Porque é tudo muito lindo nos estudos espíritas e estudando a bíblia quando alguém diz pra você fazer o bem sem esperar nada em troca. É LINDO! Isso pra mim é história de cara que consegue fazer cego enxergar e transformar água em vinho, com todo respeito. Mas na prática a teoria é outra. Uma hora você sente falta e quer cobrar tudo aquilo que você faz. Porque todo mundo é assim. Eu sou assim. Esse meu jeito de rir e chorar de tudo não é só da boca e dos olhos pra fora. Eu sou assim o tempo todo. Só emoção. As coisas batem em mim de um jeito diferente e o que parece ser uma marolinha pra qualquer outra pessoa em mim vira uma tsunami. E acho que ninguém percebeu isso ainda.
As vezes eu tenho mil interrogações na minha cabeça. O que devo fazer, aonde quero chegar. Eu sei que esse post metade não vai entender e a outra metade vai achar que entendeu, mas também não entendeu nada. Mas é isso. Eu estou passando por um momento em que eu tenho muitas perguntas sem respostas. E eu já chorei litros com essa angústia. Mas já me acalmei depois que vi no meu horóscopo que tudo se trata da Lua em quadratura com meio do céu natal e sendo assim um dia passa. Enquanto não passar a gente vai levando tudo com a barriga. Não tenho mais a mesma disposição pra reviravoltas e pra grandes questionamentos. Talvez seja esse o problema todo. Eu já não ligo mais se eu não entendo alguma coisa. Eu só fico aqui, parada com esse medo no peito sem saber se um dia eu vou perceber que tem alguma coisa errada e vou me encher de arrependimentos.

"Nunca tive medo de me mostrar. Você pode ficar escondido em casa, protegido pelas paredes. Mas você tá vivo, e essa vida é pra se mostrar. Esse é o meu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se
perca no caminho."

Então. Eu aprendi que na vida as datas servem só para presentes e comemorações. Porque no fundo as coisas nem sempre começam quando se responde 'sim' ou 'aceito'. O tempo do coração não se marca com páginas de calendário nenhum. Mas é sempre tão bom lembrar de onde a gente veio. Lembrar como tudo começou faz entender como o tempo faz as coisas se encaminharem perfeitamente, sem precisar forçar nada. E eu estou falando disso agora porque hoje é uma das muitas datas que eu tenho gravadas na memória. a 11 meses atrás, um amigo chato e insistente me fez sair de casa a pé e ir andando até a orla e sentar no murinho do ccaa e esperar aquele branquelo correndo com a prancha debaixo do braço, se achando num filme. Ai meu deus como eu fiquei com vergonha aquele dia. E FELIZ TAMBÉM. 11 meses que eu senti o gostinho daquela boquinha gostosa. (L)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Meu alicerce, minha força, meu sangue.


AH MEU DEUS! Eu já ia me esquecendo de falar de uma coisa muito importante. E como esse Blog é, também, para registrar as muitas coisas importantes da minha vida eu não poderia deixar passar. Nesta mesma data, a 18 anos atrás, Deus me deu um presente. Meu irmão veio ao mundo quando eu tinha apenas 1 ano e 6 meses e 1 dia e estamos juntos até hoje. Juntos de verdade, no melhor sentido da palavra. Não que a gente não tenha se odiado em algum momento da vida. Eu carrego 17 pontos só de pancada que dei nele. Mas ele é o meu melhor amigo e sempre foi. Desde pequenininhos quando a gente só tinha um ao outro. Meu presente veio não tão bonito quanto a irmã (hahahaha), mas com certeza com um coração enorme e cheio de coisa boa. Ele é uma pessoa divertida que alegra a nossa casa, o braço direito dos meus pais, o irmão ciumento que é mais novo, mas cuida de mim com mais zelo do que todo mundo. Tem uma simplicidade que encanta e é carinhoso apesar de se esconder atrás de golpes de taekwondo. Cara quer saber? Eu me orgulho do meu irmão, da nossa união. Eu me sinto feliz por poder conversar com ele quando alguma coisa acontece e principalmente por saber que eu sou uma das primeiras pessoas pra quem ele corre pra se abrir. Eu amo saber que somos irmãos de sangue e de alma também. E é por isso que eu agradeço a ele por ser essa pessoa tão linda e agradeço principalmente a Deus por ter me dado a honra de compartilhar uma vida inteira com uma pessoa tão cheia de luz. Eu te amo irmão. Eu te amo meu amigo.

Sabe aquela coisa boa de sentir?

Cresce cada vez mais aqui dentro quando eu fico olhando pra você deitado na minha cama. E hoje eu sei que vou te amar mesmo banguelo e capenga até o mundo acabar.

Dê força ao bem e não ao mal.

Não me faz andar pra trás e nem ficar parado
O seu mal pensado o seu mal olhado

O seu mal pensado o seu mal olhado
Não me faz andar pra trás e nem ficar parado não
O seu mal pensado o seu mal olhado
Não me faz andar pra trás e nem ficar parado não

Rei da escuridão, pare agora de criticar seu irmão
Pois você pode fazer muito mais que isso
E não só comentários sem sentido e atitudes em vão
Pois muito vi em minha caminhada navegantes da ilusão
Mas nós piratas dos bons pensamentos e princípios do bem
Levaremos luz onde houver escuridão

(Refrão):

O seu mal pensado o seu mal olhado
Não me faz andar pra trás e nem ficar parado não
O seu mal pensado o seu mal olhado
Não me faz andar pra trás e nem ficar parado

Ao passar ao seu lado
Pensam que nada somos
Pelo contrário
Somos o que somos,
É o que somos, o que somos!
Nossas vidas são traçadas pelas mesmas linhas
Que agrupam todas as vidas
Formando um só elo
Comandado por Jah comandado por Jah, por Jah Jah, por Jah,
Comandado por Jah

Então não me deseje o mal
Pois todo mundo é igual
Emane suas positivas vibrações a vida
Dê força ao bem e não ao mal
E não se torne um navegante da ilusão
Pois nós piratas dos bons pensamentos e princípios do bem
Não seremos indiferentes com ninguém, com ninguém
E não se torne um navegante da ilusão
Um pobre hipócrita que vai contra ao bem um pobre hipócrita
Pois nós piratas dos bons pensamentos e princípios do bem
Não seremos indiferentes com ninguém, com ninguém.

(Refrão)


Letra da música 'Navegantes da Ilusão' de Mato Seco. Porque são poucas as letras que me fazem parar pra refletir como acontece quando eu ouço essa música e algumas outras deles. E porque a mensagem que eles passam todos deveriam prestar atenção. Beijos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Não estrague o seu dia.

A sua irritação não solucionará problema algum. As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas. Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar. O seu mau humor não modifica a vida. A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus. A sua tristeza não iluminará os caminhos. O seu desânimo não edificará ninguém. As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade. As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você. Não estrague o seu dia. Aprenda a sabedoria divina. A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre. Para o infinito bem!


Chico Xavier

sábado, 18 de setembro de 2010

Você é a minha felicidade.


É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos. E ilumina o corredor por onde passo todos os dias.

Caio Fernando.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Precisava de um amor assim como você.


Eu penso sempre em você, sabe? Nas horas em que tudo parece estar caminhando normalmente, e principalmente nas horas em que parece que estou andando em círculos, caminhando depressa a caminho de lugar nenhum. Mas ontem lembrei muito de você. De como eu realmente AMO você. De como eu sou mais feliz quando tenho você. E cheguei a uma conclusão. Precisava de um amor assim como você. De um homem lindo. Lindo mesmo, por fora, beleza exterior. Que respire desejo e transpire sensualidade. Que tenha um olhar capaz de dizer tudo que não se pode falar. Que tenha lábios macios numa boca que inspira um beijo grande. Que tenha um rosto anguloso, traços nada óbvios, sorriso de afeto e sacanagem. Que tenha mãos grandes, dedos arredondados, cujo toque seja algo no limite quase imperceptível entre a ternura e o tesão. Alguém que me escuta como se eu fosse a única voz que ele pudesse ouvir no mundo inteiro. Que me escute com a mesma atenção numa divertida noite de quinta, ou numa tarde cinza em um domingo de fim. E que além de me escutar, fale comigo, que se sinta livre pra me contar suas conquistas se gabando mesmo pra me arrancar elogios fáceis, e me conte suas fraquezas na certeza de que, mesmo que eu não possa fazer nada, vai lhe fazer bem que eu escute. E que meus conselhos bobos são carregados de coisas que eu mesma gostaria de ter coragem de realizar. E que saiba falar sem me magoar que as pontas dos meus cabelos precisam desesperadamente de um corte, e que qualquer mulher que se preze deve fazer as unhas com freqüência religiosa. Alguém cujo abraço me faça sentir um conforto enorme. Abraço capaz de levar, por uma fração de segundos, todos meus problemas para bem longe. E que me ajude mesmo a solucionar esses problemas, me dizendo as coisas que eu não quero ouvir, na hora que preciso ouvir. E que fale: "Eu não falei?!" e eu não fique com muita raiva. Alguém que tenha o corpo sempre ao contrário da temperatura ambiente, quentinho pra se dormir abraçado em dias de frio, fresquinho pra se abraçar dormindo em dias de calor. Que tenha um cheiro bom. Não só o perfume, mas o cheiro da pele seja bom. E depois que vai embora o cheiro dele fique grudado em mim, para que, nem mesmo se eu quisesse, seria capaz de esquecê-lo nem por um segundo. Que goste das mesmas músicas que eu, dos mesmos filmes que eu, e que seja bem sincero em reconhecer que às vezes temos um gosto bem cafona, como se vivêssemos apaixonados. E que realmente vivêssemos apaixonados, porque amor sem paixão é carvão sem fogo. Ah, e um detalhe. O mais importante de todos os detalhes: ELE É VOCÊ!

Aline, adaptado.

O que passou não voltará.


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará. Não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda. Isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa. Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te : Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Fernando Pessoa.

Porque não tem nada mais deprimente do que gente que não sabe a hora de dizer chega.

Que delícia viver.


"Eu não devo nada a ninguém. Eu não sou nem do mal, nem do bem. Tô no meio do caminho. Tô fazendo a minha estrada sem pedir carona. Minha mãe me abençoou. Meu pai não quis me dizer quem eu sou. Me mostrou que só eu posso fazer minha história. Eu tô dançando com a vida, de rosto colado, abraçando apertado. Que delícia é viver! Fazendo a minha estrada. Fazendo a minha história. Eu faço passo a passo minha humilde trajetória. Viver feliz é uma arte. Eu faço a minha parte. Eu improviso. Eu sei aonde eu piso. E sei que meu sorriso te incomoda e você nem disfarça. E sei que sua força é uma farsa. E dessa falsa não quero ver de mais ninguém. E não me liga lá pra me falar mal de meu bem. Eu não ligo, não me digo o que a mamãe falou, nem bem dizer que ouviu dizer do meu amor. Não moça, não ouça por favor. Deve ser alguma engano diz que eu não estou. Alô! Tá me ouvindo? Que eu não sei se deu pra entender. Esquece isso que seu compromisso é com você. O que se colhe é o que se planta. Não adianta regar a planta com veneno na garganta. Não é assim que a banda toca, que o cão se toca. Não me provoca com esse tipo de fofoca. E troca o disco e bota um som bom pra rola que a minha vida eu já tirei pra dançar. Dançando com a vida de rosto colado, abraçando apertado. Que delícia é viver!"


Enfim. Eu aprendi que pra ser feliz a gente tem que dar um 'alt+F4' em certas coisas que não nos trazem benefício nenhum. E aproveitar todas as outras coisas boas da vida. E as inúteis também (pra ter história pra contar) Faz um bem danado querer bem, fazer o bem. Tudo se trata de energia. Quando você tá em outra sintonia a vibe negativa dos conspiradores bate e volta. E não ache que ter gente conspirando contra você é privilégio de poucos. Você nem precisa ser tão foda pra isso. Todo mundo deveria fazer a mesma coisa. Porque quando você ficar velho o que vai contar de verdade são os momentos felizes e a sua capacidade de superar os momentos ruins. Todas aquelas briguinhas sem sentido não vão mais servir pra nada. Nunca servem pra nada. Aliás briguinha é o tipo de coisa que quando você amadurece, você enxerga o quanto você era idiota. É sempre assim. Menos para as pessoas que nunca amadurecem. E é bem nisso que eu penso quando ouço essa música. Eu tô curtindo a minha vida. O meu compromisso é comigo, com a minha felicidade, com as pessoas que vem pro bem e com MAIS NADA.


Era mais que isso.

E se isso for o amor?

E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, no tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. Os animais cheiram uns aos outros. No rabo. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido? Se tudo isso, se tocar no outro, se não só tolerar e aceitar a merda do outro, mas não dar importância a ela ou até gostar, porque de repente você até pode gostar, sem que isso seja necessariamente uma perversão, se tudo isso for o que chamam de amor. Amor no sentido de intimidade, de conhecimento muito, muito fundo. Da pobreza e também da nobreza do corpo do outro. Do teu próprio corpo que é igual, talvez tragicamente igual. O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho. Se amor for a coragem da própria merda. E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também.

Caio.

sábado, 11 de setembro de 2010

De coração. Desde 2008.

- Cada dia que passa você se torna tão mais especial pra mim sabia? Eu tenho orgulho de dizer que você é a minha melhor amiga. De saber que sempre que eu tiver com problemas, precisando de um ombro amigo pra chorar minhas mágoas, o ombro vai ser o seu. Em tão pouco tempo você se tornou tão importante pra mim. Tão pouco tempo e a gente já se confia tanto.
- Ai eu olho pra frente e imagino quando isso tudo acabar como vai ser.
- Não vai acabar nunca seu bocó. Pare com isso agora.
- Amigo eu te amo demais. Eu sei que eu posso passar 10, 20, 30 anos sem te ver, mas nada vai mudar entre nós. Você vai sempre ser meu amigo. O melhor deles. Eu juro.
- Velho. Eu posso nem passar na UFBA, mas eu agradeço muito a Deus por ter me dado uma coisa muito melhor do que passar no vestibular. Sua amizade.
- Com certeza. Foi o melhor ano da minha vida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mulheres à moda antiga.


A mulher de Peixes é conhecidíssima no zodíaco. São as mulheres à moda antiga, digamos assim. As mais femininas de todas, de uma forma que nem as librianas sabem ser. Se você procura a mulher para quem você puxa a cadeira, que pula nos seus braços quando sente medo e que olha pra você com toda a admiração que você viu poucas vezes na sua vida, então aqui está sua Chapeuzinho Vermelho. Proteje-a do lobo. Ela é uma sonhadora, crente fervorosa no alter ego das pessoas que ama. Ela crê que o homem com quem está é capaz de protege-la de uma dúzia de perigosos bandidos que possam abordá-la numa rua obscura. E um toque de sua fé mágica acaba convencendo-o que sim, é possível. Ela é a mulher que muitos homens desejam, e acaba atraindo para si muitos dos olhares masculinos. Ela é isso... Nem mais, nem menos. Mulher na medida de uma mulher. A amante de peixes é como retiro espiritual onde você recarrega suas energias. Ela é suave e torna as coisas suaves. Acalmam. E sem fazer força ou usar de artificios acabam atraindo os homens pela energia que emana. Dificilmente culpará você por tudo, será exigente ou egoísta. É tão boa que nem parece verdade. O que é interessante porque as piscianas também são conhecidas por serem esponjas humanas. Absorvem para si todos os problemas dos outros. Assumem, decidem cuidar deles. Certamente que ela tem um bocado de problemas em sua vida e é bom que você não seja mais um deles. Elas são plácidas, mas vez ou outra (assim no susto do de vez em quando) ela abre firme suas guelras e esbraveja pra fora tudo que ela quiser. Porque é o direito dela depois de tanto tempo absorvendo tudo. Então, cuidado, uma hora seu peixinho vai pular pra fora do aquario se você abusar demais. São sonhadoras e ex-tre-ma-men-te sentimentais. Quando se sente magoada é capaz de derramar rios inteiros de lágrimas. É o tipo da mulher que chora na DR. E pode acreditar que você vai se sentir um assassino de coelhos nessa hora achando que cometeu a maior maldade do mundo. Elas sabem como parecer frágeis. Bom, mas elas não são. De outra forma, como elas poderiam ter sobrevivido ao enxame de conflitos e atribulações que rondam sua vida? Elas são fortes porque continuam a nadar sempre, como um peixe. São tímidas. Tímidas mesmo. Então vai dar um trabalho se você quiser pescar o seu peixe. Ela ficará acanhada de vir abocanhar a isca. Em casos mais extremos a pisciana fecha bem suas escamas, foge do cardume e começa a imaginar porque é assim tão só. No fundo, seu intenso desejo de fazer bem a todas as pessoas que ama, a faz crer que sua presença e suas vontades, de alguma forma, está pressionando, impondo, explorando ou se aproveitando dos outros, quando na verdade não é nada disso. Nessas horas é importante que seu amante seja alguém independente, firme e eloquente para colocar ordem no oceano pisciano. Mas no fim dessa história a mulher de peixes sempre será aquela moça exalando feminilidade para todos os lados. A que passa com os olhos masculinos acompanhando, não seu porte, não sua beleza, apenas ela. Porque é difícil achar uma mulher que decidiu se assumir estritamente como mulher e o mínimo possivel de masculinidade. Ela não quer avançar, não quer corromper e nem muito menos trocar os papéis com seu namorado. Ela só precisa ser enlaçada por seu braço forte em troca de sua paz. É um oceano particular. Tormenta e calmaria em curvas precisamente femininas.

Encontrei esse texto no Blog 'elas e Eu no meio' e amei muito. Eu não sei porque, mas todas essas coisas que falam sobre piscianos são sempre tão igualzinhos a mim. hahaha

Nada vale a minha paz.



Durante muito tempo da minha vida eu acreditei que saber se defender é ter "coragem" de dar um murro na cara do filho da puta que de alguma forma te sacaneou. Durante quase minha vida inteira eu me achei medrosa e uma otária por não gostar de brigar. Eu tenho pavor a barraco. Pois é. Sou permissiva, paciente e fujo de discussão que não vai dar em lugar nenhum. Já ouviu aquela frase "você tem razão e eu tenho sossego"? Eu penso igualzinho. Fujo de uma confusão que nem gato de água fria. E eu sempre achei que isso fosse feio. Que ser forte ou ser bom se tratava de quantas brigas você entrava e saia ganhando. Foi sempre assim até o dia que eu me toquei que a minha indiferença incomodava muito mais. Até quando vi gente sempre tão preocupada em "não sair por baixo" sempre tão estressada. E vi que a minha busca por tranquilidade me trazia uma paz que garanto que se essas pessoas soubessem do que se trata me invejariam muito. E apesar de achar que tem muita gente por ai precisando de uns socos no nariz pra vê se aprende a ser gente de verdade (porque tem gente que nem a vida mais consegue ensinar. só murro na cara mesmo.) eu ainda acho que o maior prêmio que você pode dar a um filho da puta é deixar ele te tirar do sério (tem gente que parece que nasce com instinto de incomodar os outros). Então se eu pudesse dar um conselho a todas as pessoas que querem viver em paz, assim como eu, seria: o riso, o amor e o fôlego roubado merecem revanche. O resto, mais que perda de tempo, é perda de vida.

Você acaba de zerar minha vida.


"Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza. Não tenha medo. Eu sou só uma menina boba com medo da vida. Mas hoje eu não tenho medo de nada, eu apenas fecho os olhos e lembro de você me dando aquela flor velha, fazendo piada ruim às sete da manhã, me lendo no escuro mesmo com dor de cabeça. Eu posso sentir isso de novo. Que bom. Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota."

Trecho de para um menino com uma flor de tati bernardi.

O que não me acrescenta não me faz falta.

Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como rancor, a raiva, e as mágoas que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.

Nietzsche

Absolutamente nada a acrescentar. Assino embaixo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sexo por sexo não tem graça nenhuma.


Alguém consegue me explicar qual é graça que homens e mulheres vêem em transar sem gostar? Cada dia que passa, cada vez mais, sexo avulso se torna uma coisa comum. “- Essa noite eu vou sair pra me divertir e conhecer gente nova”. “Sexo casual” é o novo “conhecer gente nova”. Tá tudo tão normal quanto “pegar um gatinho na balada”. E isso eu também não entendo. Às vezes eu até acho que o problema é comigo e não com quase todas as outras pessoas. Porque será que só eu não consigo me divertir nem um pouco pegando vários gatinhos? Porque será que um beijo a mais ou um a menos nunca fez muita diferença pra mim? Na minha cabeça sempre funcionou assim: quem fica com vários costuma não ter ninguém de verdade. Mas é isso ai mesmo. Pessoas vão para motéis e costumam sair mais vazias do que entraram e se achar o máximo por causa disso. Eu acredito que nunca vou me acostumar com os novos tempos. Às vezes eu me sinto mais velha do que as minhas tias falando sacanagem na minha frente. Não é uma questão de julgar atitudes alheias é uma necessidade besta que eu tenho de tentar entender as novidades do mundo. Não, eu não quero fazer o papel da santinha. Às vezes eu até quero. Acho que me dá um certo charme esse ar de menina pequena. Mas não se aplica neste momento. Eu não sou uma virgem e muito menos frígida. Passo longe. Ah como eu gosto de fazer amor! Mas nunca passei por cima dos meus sentimentos pra fazer o que todo mundo julga normal. Eu sempre vi o sexo como uma conseqüência de tudo e não um motivo pra nada. Conseqüência de uma intimidade, um sentimento, de confiança e de muito desejo. Talvez seja a minha timidez que me traga essa necessidade de intimidade e confiança. Eu preciso ter certeza que eu não vou ser apenas peitos, bunda e pernas. Morro de medo de imaginar que alguém pode querer só me usar. E salve raríssimas exceções é isso que acaba acontecendo.
Se teve uma coisa que eu aprendi com os meus pais é que eu não posso esperar alguém me dizer o meu valor, porque eu tenho o valor que eu me dou. Por isso que mulher que não se valoriza realmente não vale nada. E homem também vai. E ainda tem gente que usa e é usada e acha bom. Vai entender, né?
É tão bom transar. Mas é tão melhor quando tudo isso acontece com alguém que você realmente gosta. Alguém que realmente se importa com você. Que quer saber se foi bom pra você, se você gostou, se você gozou. Que te conhece e quer te conhecer ainda mais. Que faz questão de tornar esses momentos sempre especiais. Que mesmo depois de te deixar em casa te liga só pra desejar boa noite. E que faz você se sentir além de desejada, amada. Isso sim faz toda a diferença. Por isso que eu não trocaria nunca “fazer amor” por “fazer sexo”.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Clariceando

Estamos com fome de amor


Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: ‘Digam o que disserem, o mal do século é a solidão’. Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos ‘personal dance’, incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão ‘apenas’ dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos despreparados por não saber como voltar a ‘sentir’, só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamento ORKUT, o número de comunidades como: ‘Quero um amor pra vida toda!’, ‘Eu sou pra casar!’ até a desesperançada ‘Nasci pra ser sozinho!’.

‘Unindo milhares, ou melhor, milhões em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, é demodé, é brega. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, ‘pague mico’, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz: ‘Se um problema é grande demais, não pense nele e se é pequeno demais, prá que pensar nele”. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou ser uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer prá alguém: ‘vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida’.

Antes idiota que infeliz!

Arnaldo Jabor

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Histórias que nos contam na cama, antes da gente dormir.


O sono de Mariana sempre chegava antes do fim da história - A menina andava na beira da praia recolhendo espelhos partidos, conchas amarelas e estrelas de cinco pontas. Chamava-se Ana, a menina de cândida doçura. As ondas induziam cavalos-marinhos a fazerem cócegas nos seus pés. A maré mudava de acordo com o relógio biológico dela. E os pescadores das redondezas costumavam consultar o horóscopo da menina antes de conduzir suas embarcações. Corria a boca pequena que a paixão do Mar por Ana sincronizava o ritmo e o som das águas. Era realmente um atrevimento, um despautério aquele caso de amor. Ninguém concordava ou achava possível que aquilo pudesse ter um final feliz. Num dia de sol e chuva, a menina subiu na pedra mais alta, tirou o relógio e mergulhou nos braços azuis do seu amado. E o encontro de Ana e Mar foi como sal e doce se sobrepondo na mais inesperada combinação. E o sono de Mariana sempre chegava antes do fim, na melhor parte da história que sua mãe insistia em lhe contar todas as noite.


"Ana aproveitou os carinhos do mundo.
Os quatro elementos de tudo.
Deitada diante do mar.
Que apaixonado entregava as conchas mais belas.
Tesouros de barcos e velas.
Que o tempo não deixou voltar.

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Porque que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar?"

O Teatro Mágico - Ana e o Mar.

O novo homem é uma piada.

Nada contra se cuidar - homem de unha suja, cabelo com caspa ou barriga dura de gordura condensada é um nojo. Também não curto cotovelo lixa que, quando roça em mim, faz esfoliação gratuita. Mas essa história de marmanjo bonitinho demais, cuidado demais, malhado demais, barriguinha dura demais, é um saco. Homem, pra ser interessante, tem que ter algo de desleixado, nem que seja o cabelo mal penteado, a camisa ligeiramente amassada, essas coisas. Neguinho que parece viver pendurado num cabide me dá ganas de enfiar uns sopapos naquela cara lisa pra largar a mão de ser fresco. Aqui vai uma homenagem a essa nova raça transgênica, impecavalmente passada, de modos irretocáveis e sapatos de dois mil reais, os metrossexuais.
Metrossexual não tem pêlo nas costas nem na bunda, faz a unha, limpeza de pele e esfoliação. Adora pulôver de cashmere, camisa 100% algodão egípcio e pára mais em frente a vitrines do que cachorro em poste. Passa gel, pomada, modelador e finalizador no cabelo, entende de decoração e acha bárbaro demonstrar sentimentos em público. Metrossexual é sensível, culto, refinado e adora comer uma gostosa.
Tá vendo como não combina?! Não dá pra tirar a sobrancelha e curtir apalpar uns peitos (só no caso das lésbicas). O tal "novo homem" é o desgosto do avô, coitado. O velho vivia na época em que homem que era homem só tomava banho e mandava a mulher cortar as unhas dos pés dele. Agora tem que presenciar o neto com cabelo tingido e a cara descascando depois do peeling. O tal do "novo homem" tá tão veadinho que se bobear, vira a Luciana Gimenez: lindo, sorridente e com tanto QI quanto uma almôndega congelada.
Eu, por princípio, não transo com homem que tenha uma necessaire maior que a minha. Aliás, gosto mesmo é de macho que desconheça completamente qualquer marca de creme anti-rugas, compre revista pornô, ame mortadela, odeie cinema de arte e, de preferência, não entenda picas de vinho - esse sim, passou a vida aprendendo o que existe de mais importante: a traçar direito uma mulher.

Ailin Aleixo

Quanto tempo você consegue ficar sem?



Mel e Girassóis

O cheiro dele era tão bom nas mãos dela quando ela ia deitar, sem ele. O cheiro dela era tão bom nas mãos dele quando ele ia deitar, sem ela. O corpo dela se amoldava tão bem ao dele, quando dançavam. Ele gostava quando ela passava óleo nas suas costas. Ela gostava quando, depois de muito tempo calada, ele pegava no seu queixo perguntando ― o que foi, guria? Ele gostava quando ela dizia: sabe, nunca tive um papo com outro cara assim que nem tenho com você. Ela gostava quando ele dizia: gozado, você parece uma pessoa que eu conheço há muito tempo. E de quando ele falava: calma, você tá tensa, vem cá, e a abraçava e a fazia deitar a cabeça no ombro dele para olhar longe, no horizonte do mar, até que tudo passasse, e tudo passava assim desse jeito. Ele gostava tanto quando ela passava as mãos nos cabelos da nuca dele, aqueles meio crespos, e dizia boba, você não passa de um menino bobo.

Caio Fernando Abreu.

E amanhã tem mais.

Feriado prolongado uma vez na vida também faz muito bem pra saúde. É bom largar as obrigações de lado um tempinho e relaxar. Não que eu ande estressada, sabe? Eu só fico estressada por não fazer nada. Mas voltando ao assunto. Feriado faz bem. Ainda mais quando a pessoa que você tanto ama resolve tirar uns dias pra compensar você por todos os outros dias de saudade que você é obrigada a passar. Arrumar a mochila rapidinho e ir pra um lugar bem longe, sem ninguém, sem sinal no celular, sem internet, só os dois. As vezes eu até acho que eu poderia viver assim a vida todinha, mas só as vezes. Dormir junto, acordar junto. Essa foi a vida que eu sempre pedi à Deus. Era uma sensação tão gostosa que enquando eu assistia ao sono dele eu agradecia e repetia como se fosse um feitiço: é meu, é todo meu, só meu. E quando acordar ficar de "conchinha" e amar (amar como eufemismo para sexo) antes do café da manhã. Se me pedissem pra definir o amor eu diria que o amor é fazer amor todo dia antes do café da manhã. E eu só pensei nisso agora. Sabe quando você passa muito tempo junto e ao invés de bastar, você sabe que nunca é o suficiente. Pois é. Ai você acorda e vai direto pro telefone, com aquela voz de sono ainda, já pra combinar de se ver de novo. E logo. "Vê se não demora". Pra fazer alguma coisa, ou não fazer absolutamente nada. E gostar, o que é melhor de tudo. Ir à praia ou a piscina pra ver se ele perde essa corzinha de escritório, brincar de abc com seu irmão, assistir bobagens na televisão em família, ver um filme e ficar fazendo comparações com a gente. Enfim, eu vou dormir agora porque amanhã ainda é feriado, sabe? E amanhã tem mais.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

tenho sorte.


" Tem pai que ensina o filho a não ter medo das coisas e talvez essa seja uma pequena mágoa que guardo da minha família. Eu fui criada pra ter medo de tudo: de coxinha de padaria à viagens solitárias pela Europa. Não me deixavam brincar muito na rua, nadar sozinha no mar, comer besteiras na cantina da escola. O resultado disso é que até hoje passo um pouco de vergonha quando viajo com amigos e faço análise há anos pra aprender a ficar menos tensa com a vida lá fora. Em compensação, tenho uma coragem absurda e uma curiosidade profunda a respeito da minha vida de dentro. E me pergunto: quantos pais ensinam isso a seus filhos? Tive sorte.. Ele não me ensinou a comer pastel de feira e nem a dar um mortal na piscina. Talvez porque ele próprio tivesse medo dessas coisas, talvez porque quando um filho é único, você redobra os cuidados. Mas ele me ensinou a inventar um mundo rico, enorme e possível dentro da minha cabeça. Me ensinou a viver com coragem dentro de mim, a ser amiga e ouvinte dos neurônios, fígado, coração e entranhas. Tenho certeza que comecei da maneira mais difícil. É mais corajoso quem não tem medo de voar pelo mundo ou quem aguenta ficar dentro de si? Me sinto boba perto dos meus amigos que contam cicatrizes de esportes, meu pai sempre me disse pra tomar cuidado na aula de educação física. Mas me sinto um gênio quando vejo tanta gente que perde um dia inteiro pra escrever um simples e-mail sentimental ou não sabe o que dizer numa conversa mais íntima. Ele me deu a capacidade de sonhar, o resto do mundo agora é comigo."

Trechos do texto "O príncipe azul" de Tati Bernardi. *.*

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O que eu descobri.

Descobri a falta que você me faz, o problema que você me traz, descobri que nem tudo é fácil pra mim. Descobri que a minha falta de ar, É A FALTA DE VOCÊ!
Descobri que por mais que o tempo não pare, eu sempre tento esticá-lo quando estou ao seu lado. Descobri que saudade não é necessário muito tempo longe para senti-lá; que o seu amor não é o que eu quero, mas o que eu preciso; que você cada dia faz mais parte de mim do que eu mesmo sou, tem mais de você em mim do que qualquer outra coisa. Descobri que eu me engano, mas que eu te amo, e isso eu já descobri faz muito tempo, e sei que nunca vai mudar!


Pelo menos aqui ele tá guardadinho e ninguém mais apaga ele. (:

nada é muito quando é demais.


Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.

Caio F.