sábado, 31 de março de 2012


Depois de tanto tempo enchendo o saco dele pra gente fazer um programinha romântico, ir ver o pôr do sol e essas coisas bobas que eu adoro, FINALMENTE, ele ouviu meus apelos e resolveu me levar. Adorei tanto minha tarde no humaitá, nosso tour pelo centro da cidade e todo o resto, que resolvi registrar aqui no blog. :)

sexta-feira, 30 de março de 2012


Quando você se compromete com o seu melhoramento, tem que renunciar a muitas coisas da sua rotina, do seu comportamento emocional. As mudanças poderão até ser dolorosas, mas jamais estéreis.

Marla de Queiroz.
"...Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo..."



ai deus! porque será que esse trecho dessa música tá fazendo tanto sentido nesse momento da minha vida? coisas boas, coisa maravilhosas tem acontecido em minha vida e a felicidade, o sentimento de realização, tem vindo acompanhado de uma insegurança, um medo de não corresponder as minhas próprias espectativas. e ai eu penso que é só o começo de uma coisa muito maior e isso me dá mais medo ainda, me dá uma vontade de voltar a ser criança e não precisar me esquentar com nada. mas agora é tarde, agora eu já cresci, tô com 21 aninhos nas costas e agora eu morro de medo dessas novidades da minha vida, mas mesmo assim não choro, não reclamo e me levanto todo dia às 6 da manhã pra mais uma batalha diária rumo ao meu maior objetivo.

Falo nada.



Vai fala a vontade que eu nem me stresso. To nem ligando, na humilde eu já nem te impeço. Porque tu fala de mim mesmo se eu não peço. Adora falar dos fracassos e se cala com meu sucesso. E eu sei que quem conta um conto aumenta um ponto. E a tua língua afiada nunca me da um desconto. Desculpa mas assim só vai arrumar um confronto. Teu papo não é reto e de tanta curva eu já estou tonto. Então ponto final já acabou sua moral, se subir no morrão é certo vai passar mal. No asfalto é igual, seu conceito ta mal. Cola no bonde pra falar um monte... na moral! Teu papo de 1 7 só serve pra alugar. Nunca vi as tuas conversas servir para ajudar. Não tem dó em semear e nem em espalhar discórdia. Depois não adianta chorar e vir pedir misericórdia, porque eu sei que: FALADOR PASSA MAL!

Caozada mal contada, palavra desregulada, Coversa fiada, chega de mancada, falatório vale nada, tuas histórias tão mandadas e sua mentira interpretada, na roda, é piada. Mala da crise de nervos, fala pelos cotovelos, cala o boca de bueiro, mente e arrepia os cabelos, chega, fala gíria, gesticula e faz gracinha, dá risada, mão no ombro e articula a picuinha. Nem que usasse ele calcinha. Ainda apanha numa briga, faz fofoca, mente muito, escolhe o alvo e faz intriga, prejudica até quem se diz ser uma pessoa amiga. Vê o espírito dos outros e esquece da própria barriga. Poupa nem os das antigas. Logo um mordedor de fronha. Vai geral baixar a porrada no Pinóquio sem vergonha. Quebra o papo de cegonha que ele treme e solta as franga. Vive de casa alugada e diz que tem mansão em Angra, mas quem mente o nariz cresce, nem só cresce como sangra.

Falador é o que tu é mané. Não adianta que eu já vi tu mentir pras mulher. Falador, pela saco, invejoso, tá mandado, gosta de atrasar os outros pra adiantar o próprio lado. Lembro quando era apontado, desde pequeno era falado. Então pra todos os recalcados, um recado: Muito obrigado! Se não fosse esse o passado, eu não teria o meu presente e no futuro ia ta duro, então dê com a tua lingua nos dentes. Inteligente é o servente, que sempre anda pra frente, independentemente do coletivo de palestrante que sobe no palanque, cheio de alto falante, pega no microfone, e joga a seta na gente. Ma ahh, mah ahh, po ha mah ah mas quem mandou? Cala a boca, pra não gaguejar falador. Quer falar da minha fumaça, que eu pago, pra encher, meu peito? Na moral D2 mas mantenha o respeito!

Eu nunca vi falar falar falar, falar assim. Na boa, cuida da tua que eu cuido de mim fela. FELA é como eu chamo você, me odeia porque eu sou o que ce queria ser. Mas tu não aguenta carregar minha dor, porque aonde eu ando não anda falador. Vai na macumba pra saber da minha vida, vai lá. Joga no Google pra saber da minha vida. Pouca mumunha e muito blá-blá-blá. Tu vê eu vindo dali por favor olha pra lá. Falador bla bla bla, na cavadinha, no sapatinho. Tem que saber que isso não é papo de sujeito homem, só fala meu nome, teu mantra é meu nome. Original reconhece os originais, por isso é que falador passa mal, rapaz.

Mas falaram de mim, falaram tanto, que hoje em dia, tou conhecido neguin. Falo nada, deixa as fofocas pros vizinhos deixa eles me queimarem porque eu já nasci neguinho. Falo nada, mas fala tu, se for pra eu falar neguin, vou te mandar tomar no... shhh... falo nada. Batoré bala no alvo to na mira de quem fala mas não decorando salmo... falo nada. Tô mais velho e calvo, muito mais calmo.

um post no blog com essa música porque além de ter uma letra ótima,
faz uns dias que não sai da minha cabeça. :)

domingo, 25 de março de 2012

‎"Como identificar o nível de decepções de uma mulher, apenas com uma resposta a um elogio:
O cara diz: - Você é demais!
Mulher que ainda se ilude e acredita em tudo: - Você que é!
Mulher que tá cansada e desconfiada, mas ainda tem esperança: - Você também!
Mulher que não aguenta mais se enganar e não acredita nem nela mesma: - Obrigada!"

Hábitos desfuncionalizados.




Mal podia esperar para você entrar na minha vida atual, que depois de você ter entrado nela, eu chamei de vidinha. E entrou para me tirar das noites com lembranças dos doces compulsivos. Mal podia esperar para você me arrancar dos bares cheios de álcool e das baladas onde todo mundo balança a cabeça até o cérebro virar um liquidificador e fazer um bolo de massa cerebral. Mal pude esperar para você me resgatar das conversas bobas nos finais de noite e dos caras sem futuro. Para você dizer que Sartre, Nietzsche e Schopenhauer não fazem de mim uma pessoa inteligente e que, sendo assim, isso não assusta minimamente você. Mal posso esperar para você me arrastar para a sua vida e me dizer que eu não preciso ter medo de me perder da pessoa que eu adoro ser. Mal posso esperar para você me surpreender nas horas em que eu não quero, ou não espero, porque talvez assim eu deixe de ser tão teimosa e de querer fazer tudo só quando me dá vontade. Mal posso esperar para você me dizer "não" e eu aprender a não ser sempre tão teimosa e mimada. E você mudou meus sábados descalça e imensamente feliz ao som da cantora de jazz, porque essa é uma felicidade que eu já conhecia, e para viver eu preciso muito de coisas que eu ainda não conheço. Então você descobriu que comigo "não" é "não", e "sim" é "sim", porque eu odeio esses joguinhos que todo mundo inventou para supostamente se divertir e só às vezes confundo. Você veio e me deu algo para cuidar, logo eu, que não sei cuidar direito nem de mim. Mal posso esperar para você chegar e acalmar minha perna que vive balançando embaixo da mesa, acalmar meu olhar impaciente e acalmar essa minha urgência de viver. E você, antes mesmo de chegar, já estava me ensinando a fazer uma coisa quase impossível para quem me conhece: esperar.

Ellen Cocino, adaptado.

amar as vezes dói.


amar é torcer pelo outro, comemorar as vitórias do outro, chorar as perdas do outro e se manter firme para ser alicerce quando for preciso. amar é quando o outro se torna uma mera extensão de nós mesmos.

(Nem) tudo em excesso faz mal.



Dizem por aí, que não tem coisa pior pra um escritor, do que a felicidade. Porque poesia pra pegar lá no fundo, tem que vir sofrida, derrotada, doída. Ironicamente, a dor que estraçalha a vida real, é combustível essencial pra aquele que escreve. Porque escrever é exorcizar seus demônios – a escrita agarra tudo aquilo que machuca dentro, trás pra fora, expõe a ferida aberta pro mundo. E a dor, é a principal responsável pelos textos que pegam na alma.
Hoje me falta o combustível da dor. Queria escrever um daqueles textos sofridos, que fazem o outro querer atravessar a tela pra te dar um abraço e dizer que vai ficar tudo bem. Mas a dor de amor, há algum tempo, não dá as caras. Ela já passou por essa estrada, deixou cicatrizes, motivou palavras – e se foi. E hoje, eu nem faço mais ideia de como ela seja. Por mais que remexa lá no fundo pra encontrar algum vestígio de dor que desmanche em poesia, nada encontro. E hoje só consigo mesmo perguntar a velha questão "What’s not to love?". Qual a sensação do "não-amar"? Porque hoje, metade de mim é amor e a outra metade também.

Mas não vim aqui bancar a vítima da moça de classe média que não tem com o que sofrer e que inventa um sofrimento. Só quem sofre nessa história, é a inspiração. De resto, vanglorio, louvo e, principalmente agradeço. E escrevo sim sobre minha felicidade também – porque a gente não devia ter vergonha do que é bonito, com o perdão daqueles que acham essa história de amor piegas demais. E penso em quão sábios foram aqueles que afirmaram que a maior religião do mundo deveria ser o amor. Porque, ao contrário das outras, o amor não tem efeito colateral. O amor cura, faz bem pra pele, cobre olheiras, aumenta a auto-estima. Mas, acima de tudo, o amor traz uma coisa que perseguimos incansavelmente e que sentimento nenhum é capaz de trazer: aquele calor no peito.

Desse calor, todo mundo fala, mas ninguém explica. Ninguém consegue explicar aquela sensação de amornamento no peito sempre que vê ou se lembra do ser amado. Sim, porque não é um calor que queima que nem o da paixão. É um calor morninho, daqueles de banho no fim do dia, de Sol das 10 da manhã. E esse calor é tão contagiante, que se espalha pelo corpo. Eis que, de repente, você quer cuidar, abraçar, acolher. E o amor é tão poderoso que se você amar com força, ele ultrapassa os limites do peito. E é aí que você sente aquele amor imenso – por tudo, por qualquer coisa. Pelo cobrador do ônibus que passa tantas horas sentado no trânsito. Pelo cachorrinho na rua, com olhos pidões cruzando os seus. Pela mãe dando a mão pra filha – tão pequena, tão indefesa. Como não amar? E é aí que o amor faz mágica. E pensando por esse lado, dispenso a inspiração divina que vem de bônus com a dor. Talvez os melhores textos, não sejam nunca exorcizados. Talvez ninguém chore com as palavras que o sentimento transportaria pra tela branca. Muito provavelmente, ninguém sentirá piedade do sofrimento dessa menina de classe média com problemas inventados. Mas a vida vale mais do que isso.

E então, penso que quero mais. Quero muito mais desse amor gostoso. Quero mais da gente junto. Quero mais conchinhas. Mais taças de vinho. Mais cheiros no cangote. Mais enroladas na cama até tarde. Mais sextas-feiras. Mais colos depois de um dia cheio. Mais cafés na cama. Mais olhares e menos palavras. Mais roupas arrancadas. Mais almoços inventados. Mais beijos de boa noite. Quero mais desse desejo que não acaba, mais dessa alegria que transborda, mais desse calorzinho no peito que aquece tudo em volta. E assim, finalizo desmentindo aquele que diz que tudo em excesso, faz mal. Esse, provavelmente, nunca sentiu o calor do amor pegando lá dentro.


Jaque Barbosa.