quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pra Raul Pedreira.


Eu conheci Raul no segundo ano. Nos tornamos os melhores amigos do mundo no terceiro ano. E tudo graças ao meu empenho e cara de pau que mesmo distante dele na sala de aula, já enxergava uma pessoa maravilhosa. Em 2008 eu me tornei um pouquinho dependente daquele sentimento. Nós passávamos o dia inteiro conversando, ouvindo música no celular dele e comentando a última rodada do Brasileirão. Um sabia e participava de todas as coisas da vida do outro. E isso era tão bom. Nós tínhamos muitas coisas em comum. Eramos apaixonados por futebol, fãs de Aviões do Forró, um pouco carentes e odiávamos as aulas de física e química. Mas também tínhamos nossas particularidades. Eu sou vascaína e ele é bambi. Raul amava Chiclete com Banana e eu preferia Asa de Águia. Raul não era muito fã de português e história, e eu adorava. Eu era gaiata e me dava bem com (quase) todo mundo e ele ficava mais na dele. Pelo menos até onde eu me lembro. Encontrei o meu melhor amigo um dia desses. Ele não mudou nada na aparência, apesar de terem raspado a cabeça dele por causa do vestibular. E no jeitinho então, parece que o tempo não passou pra ele. Continua rabugento que nem eu conheci. Agora ele trabalha e estuda. Faz direito que nem eu. E eu sempre soube que ele gostava de me imitar. Eu não sabia, mas depois de conhecer Raul eu descobri que quando se tem amigos de verdade, não importa a distância, nunca se está só. E não foi só isso que eu aprendi com ele. Juntos aprendemos muitas coisas sobre a vida. Sem contar nas aulinhas sobre futebol que eu recebi e me deu poder e ousadia de tirar onda com qualquer rapazinho metido a esperto. Eu ainda guardo as nossas conversas e as vezes releio pra me lembrar de que sou importante pra ele também. E se vocês vissem as coisas que ele me dizia aposto que iam querer ter um melhor amigo igualzinho ao meu. Ele é muito especial. Tia Ana Cristina foi abençoada com essa criança e eu também. Sinto saudades do tempo em que passávamos as manhãs, as vezes as tardes também e ainda sim chegávamos em casa e ficávamos horas no telefone falando sei lá o que. Sinto falta de alguém pra sentir ciúmes de mim só porque eu sentei do lado de Tico. De no meio de uma conversa ele vir com aquela história de que o ano não seria tão bom se eu não estivesse lá. Ainda sinto aquela nostalgia quando lembro do ano maravilhoso que foi 2008. Mas infelizmente o tempo não volta mais. Durante um ano e meio nos encontramos ás vezes, mas sempre nos falamos. Ele nunca esquece do meu aniversário e sempre vem me visitar. Hoje o que é certo mesmo é que a amizade, essa sim, não vai mudar nunca. O lugar dele aqui no meu coração ainda está intacto. E eu sei que nunca vamos nos esquecer um do outro. Mesmo que o tempo só piore as coisas. Porque de todos os que eu conheci naquela época, é dele que não me esquecerei jamais.

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